terça-feira, 7 de setembro de 2010

A clonagem e a agricultura



A clonagem não é novidade na agricultura

O objetivo principal da clonagem na agricultura é multiplicar plantas que já foram alteradas através da seleção genética (alimentos transgênicos) e, portanto são mais resistentes a pragas ou doenças e possuem frutos melhores.
A clonagem á é bastante utilizada na agricultura. Isto é feito por estacas, corta-se uma planta, abate o caule dela em várias partes e torna a cultivar. Cada uma dessas novas plantas é uma cópia idêntica à original. A vantagem dessa tecnologia é que se obtém igualdade, ou seja, as plantas possuem as mesmas características.
Mesmo que os locais de cultivo sejam diferentes, quando as plantas possuem a mesma constituição genética é mais fácil manter o controle da produção e da qualidade algo extremamente importante para cultivos com fins comerciais.
A clonagem tem sido usada tradicional também na produção de laranja, de uva, de morango, de figo, de goiaba, pêssego, manga, abacate e outras árvores frutíferas.



A laranja...

Desde que virou cultura em larga escala comercial, a laranja é fabricada por clonagem. No caso da laranja, usa-se a enxertia, que consiste na retirada de uma gema, introduzida no caule de uma planta adulta e com maior resistência às condições do solo. Assim consegue-se a produção mais rápida e idêntica de frutos. Se produzida via semente, a laranjeira leva aproximadamente seis anos para começar a dar frutos e é mais susceptível a doenças vindas do solo do que o limão. A enxertia é feita com plantas da mesma espécie. Com isso garante-se frutos de melhor qualidade. No caso da manga, por exemplo, para  produção de frutos de qualidade superior, usa-se como base a espécie coquinho que é mais resistente.

A clonagem moderna

Surgiu na década de 70 através da produção de células. Nela retiram-se células de uma planta e as transforma em uma nova planta.
No laboratório, as células são multiplicadas em meios de cultura. Coloca-se um pedaço da folha em um meio de cultura, que forma um calo, a partir do qual forma-se um embrião, que depois é transferido para saquinhos, já com terra. Ali o embrião se transforma em muda para ser plantada já no terreno onde a planta será cultivada. Uma folhinha produz muitos calos e muitos embriões.
                                   Sequência de desenvolvimento de clone de uma planta de café.




Essa técnica é extremamente importante para produzir árvores como eucalipto ou outras plantas para reflorestamento.
Também existe uma técnica que gera o embrião sem passar pela fase de calo, através de modificação na indução de alguns genes. Você tem uma célula da folha, que deixa a ser de folha para ser uma célula embrionária. Este processo é induzido com reguladores de crescimento (hormônios) que são sintéticos.
Este processo tem um custo muito elevado e por isso há resistência de alguns produtores para aderir a essas novas técnicas. Também não é possível ter  certeza de que obterão bons resultados ao escolherem a técnica. Há também a questão da tradição de plantio e em algumas situações, o aumento da produção não é tão desejável, havendo o risco de o preço do produto ficar tão baixo que inviabilizaria a atividade.

O Brasil está bastante adiantado nas pesquisas em clonagem vegetal. Em conhecimento e desenvolvimento, não está atrás dos países desenvolvidos, mas sim em demanda da tecnologia por parte dos agricultores.

Fonte

http://www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone10.htm



Cristhiana Perdigão

Clonagem: uma questão ética

   A clonagem, principalmente humana, não relaciona-se apenas com as Ciências Biológicas. Está também, intrinsecamente ligada a questões morais visto que pode ser utilizada para diversos aspectos, tais como: o estudo embriológico e das capacidades humanas; no uso terapêutico, casos de obtenção de tecidos e órgãos para transplantes, além de desenvolvimento genético para o tratamento de algumas doenças; na reprodução humana, casos de casais estéreis e até mesmo facilitar as chances de gravidez em caso de fecundação in vitro.
   Porém, em alguns deste casos haveria a utilização e descarte de embriões, levantando então a polêmica do valor moral de um embrião. Este já pode ser considerado uma pessoa ou é mais semelhante as demais células do nosso corpo? Quando embriões produzidos dentro do próprio corpo são perdidos não há uma preocupação muito relevante. Por que o mesmo não ocorre com as perdas de embriões fora do corpo? Não seriam ambos embriões?
   E os cientistas? Simplesmente desconsidera-se a liberdade científica e uma possível vontade de ajudar os outros com a biotecnologia? São estes alguns dos inúmeros questionamentos pertinentes.
   Levando-se em considerção o alto custo das pesquisas, pode-se discutir outro aspecto: quais tipos de investimentos são mais importantes, os relacionados a esta biotecnologia ou atender as demandas de uma sociedade na qual milhares de pessoas passam fome? Mesmo que  outros gastos consigam ser cortados para invesir-se em clonagem, tal tecnologia não atenderá a todos. Haveria assim, uma discrimação indireta por parte da comunidade científica.
Pode-se dizer em suma, que contra a clonagem estão as questões vinculadas: ao risco médico envolvido, com futuras anomalias possíveis; a santidade da vida humana; a interferência na variabilidade genética, que pode prejudicar o desenvolvimento e a sobreviência de espécies; a não preservação da identidade genética de cada indivíduo. Como algumas delas (santidade humana e identidade genética) são muito mais ligadas  a ideologias e/ou valores pessoais que variam de região a região, de povo a povo, podem nunca ser resolvidas.  Discussões infindáveis podem ocorrer, nas quais nenhuma conclusão concreta pode ser obtida. Os aspectos de variabilidade genética e risco médico podem ser controlados e monitorados, reduzindo sua interferência negativa.
   A seu favor estão o direito a autonomia reprodutiva; a possibilidade de quem não pode ter filhos fazê-lo; a liberdade científica; a possibilidade de amenizar a perda de um filho ao conseguir-se um outro com mesmo genótipo; o desenvolvimento de filhos com habilidades pessoais que sejam o sonho dos pais; ajuda na prevenção de doenças.
   Não temos o objetivo de ficar deste ou daquele lado da polêmica e sim apresentar argumentos consistentes relacionados as duas posições. Talvez a ideia essencial da reprodução, que necessita de um espermatozóide e de um óvulo, possa ser descartada com o passar do tempo e um ser com genótipo igual ao meu ou seu possa ser criado sem dificuldade alguma. A priori, pode-se afirmar, instintivamente, a imoralidade do processo, pois deste ponto de vista ele é, no mínimo, assustador. Contudo, este é um argumento meramente instintivo e não moral.

Por: Marina Machado Marques 

Dificuldades técnicas da clonagem

   A clonagem em mamíferos têm algumas limitações que serão listadas a seguir. Para que o indíviduo progrida, o óvulo no qual foi introduzido o núcleo deve ser reimplantado em uma fêmea. Contudo, há um grande índice de rejeição ao óvulo por parte do organismo da fêmea e ele pode ser abortado. Por tanto, devem ser feitos vários implantes para que pelo menos um tenha sucesso.
   Outra questão é o tamanho do feto clonado, que tende a ser maior do que a espécie normal (não clonada).    Assim, o parto do animal é mais trabalhoso, sendo normalmente umacesariana. A gestação também pode ser mais complicada, gerando mais riscos para a fêmea. Um exemplo é o que ocorre com bovinos, cujos clones têm duas vezes mais o peso de um recém-nascido não clonado.
A maioria dos animais clonados se apresenta com anormalidades. Dos poucos que sobrevivem ao nascer, aproximadamente 50% destes morrem antes de atingir a puberdade.
   Os defeitos congênitos em clones são constantemente observáveis. Muitos deles morrem poucas horas após o parto e os que sobrevivem, têm de conviver com anomalias ligadas principalmente ao coração, fígado e pulmões.
   Uma das explicações relaciona-se com a necessidade de reprogramação –por parte do citoplasma- do núcleo inserido. Durante o processo de fertilização, o citoplasma do óvulo está “programado” para receber o espermatozóide. O mesmo não ocorre para a reprogramação de um núcleo adulto, podendo então se suceder de maneira incompleta ou defeituosa e essa assicronia pode contribuir para defeitos no feto.
   As falhas passíveis de ocorrer podem se manifestar ao longo de toda a vida do ser vivo devido a ativação ou desativação de genes importantes em determinados momentos do desenvolvimento. Tais falhas são denominadas epigenéticas.
   As mudanças epigenéticas podem provir também do desenvolvimento de células em cultura. Um exemplo deste tipo de mudança é a impressão na qual mamíferos em geral herdam duas cópias completas de todos os cromossomos de um genoma. Um subconjunto bem pequeno desses genes pode ser ativado ou desativado, dependendo de quem fora herdado (do pai ou da mãe). Assim, se um indivíduo provir de apenas um deles (pela clonagem) pode ser que esse subconjunto não funcione e o seja impossível o desenvolvimento normal ser. Entretanto, por  uma célula conter um conjunto de cromossomos maternos e outro paternos, pode ser que a impressão se manifeste normalmente.
   É interessante salientar, no caso de Dolly, que ela era praticamente uma cópia perfeita da ovelha que forneceu o núcleo mas que haviam algumas diferenças genéticas provenientes do DNA mitocondrial, uma vez que este se encontra no citoplasma e não no núcleo. Tais diferenças podem se manisfestar principalmente em áreas do corpo que demandam uma maior quantidade de energia como coração e, músculos e cérebro.    Como este tipo de DNA é herdado diretamente das mães pode-se observar a existência de algumas doenças transmitidas de mãe para filhas, devido possíveis mutações no mesmo.
   Deve-se saber que estes são alguns dos problemas enfrentados pela técnica. Podem haver inúmeros outros, que não foram aqui listados ou até mesmo não são conhecidos pelo especialistas. Cabe a estes últimos pesquisar e desenvolver a técnica com cautela, para que nenhum problema que possa ser descoberto seja deixado para trás, prejudicando o seu transcorrer na sociedade.

Por: Marina Machado Marques 

Deus criou o homem a sua imagem e semelhança: poderia a ciência fazer o mesmo?

   A polêmica da clonagem está instaurada desde o momento em que ela foi cogitada. Vista por muitos como uma nova forma de melhorar a raça humana-eugenismo-, foi motivação para ouvirmos afirmações no mínimo questionáveis de grandes cientistas, inclusive aqueles premiados com o Prêmio Nobel. Joshua Lederberg (Prêmio Nobel de Medicina em 1958) via “na clonagem humana, meio eficaz de produzir indivíduos superiores”. O ganhador do Prêmio de Medicina em 1962, Francis Crick, afirmou “nenhum recém-nascido devia ser reconhecido como ser humano antes de ter passado um certo número de testes, relativos à sua dotação genética”.
   Mas seria ela moralmente correta? Com base em que informações afirmar-se-ia isso? Em informações mitológicas ou argumentos científicos? A criação de seres superiores ou “adaptados” seria um desrespeito ao homem e a natureza? É o que pretendemos discutir neste e em outros posts.
   A eficiência da técnica em mamíferos é extremamente questionável. Anomalias podem ocorrer na gestação ou no decorrer da vida do clone. Genes que deveriam ativar-se podem não fazê-lo ou a reprogramação do núcleo introduzido pode se proceder de maneira incompleta ou equivocada pelo citoplasma do óvulo.
   Um avanço das ciências biológicas que relaciona-se com a clonagem é a derivação de células-tronco embrionárias humanas. Estas células, têm a grande vantagem de não serem especializadas (como as demais células do nosso corpo), podendo se transformar e ocupar a função de qualquer célula do corpo. O conceito envolvido é o da clonagem terapêutica, no qual clonar-se-ia o embrião humano de uma célula adulta que estaria unida a um óvulo anucleado. Políticas e leis vêm sendo instituídas por muitos consideram tal ato imoral, no que se refere à obtenção de óvulos e utilização de embriões (desde os que têm ou não um potencial para gerar uma vida).
   Em fevereiro de 2004 ocorreu um acontecimento interessante. Uma equipe de cientistas sul coreana publicou um artigo na revista Science no qual afirmavam ter clonado trinta embriões humanos e derivado células-tronco embrionárias de um deles. O tipo de célula por eles utilizado é conhecido como células cúmulus. Estas são encontradas somente em mulheres que deveriam doar seu núcleo, além do óvulo ocasionando que apenas mulheres fossem clonadas.
   Uma série de questionamentos a respeito da obtenção de tais óvulos foi iniciada, pois para produzi-los em “grande escala” é necessária a utilização de medicamentos que podem causar certos desconfortos. Levando tal fato em consideração, pode-se inferir que as doadoras de óvulos deveriam ser as próprias pesquisadoras da equipe. Contudo, será que elas foram coagidas ou o fizeram por vontade própria? Está levantada a questão.
   Desde a década de 70 na qual vinham sendo desenvolvidas as pesquisas a respeito da fertilização in vitro, um imaginário relacionado ao avanço das ciências biológicas é construído. A idéia projetada por muitos cientistas de que somos apenas a soma de um conjunto de genes esquece que, além de uma identidade genética temos uma identidade pessoal. Além de termos uma herança natural, somos influenciados pelo meio em que vivemos, não sendo possível criar um ser humano totalmente previsível, dentro dos parâmetros que foram planejados, a não ser que ele seja mantido isolado do mundo.
   Não estariam sendo desvalorizadas as características humanas, a sua essência? Não estariam querendo escarnecer o papel de Deus, ferindo um aspecto que acompanha o homem desde os seus primórdios- a religião? Mediante tantas polêmicas- que não serão resolvidas tão cedo-, a ciência avança, concomitantemente com questionamentos relativos à ética e à moral.

Por: Marina Machado Marques 

Empecilho para a clonagem humana.


  A ciência está em constante desenvolvimento ou em busca de inovações, com o intuito de trazer benefícios à espécie humana, maior qualidade de vida, maior expectativa da mesma e, até mesmo, trazer soluções aos problemas enfrentados pela humanidade, sejam esses doenças, preconceitos, criando assim, uma maior comodidade a nós, seres humanos. Porém, não se sabe de todos os riscos e prejuízos que a ciência, inclusive a medicina, pode nos proporcionar quando tenta interferir no “ciclo natural da vida”, sendo exatamente esse o ponto questionado a diversos ramos da ciência. Será que as técnicas utilizadas para obter os resultados esperados não ferem os nossos valores?
  O principal motivo de crítica ao processo de clonagem, além da questão ética, é a alta probabilidade de se obter um clone deformado (quase 100%), sendo que tais deformações, muitas vezes, não são diagnosticadas por meio de exames no útero, enquanto o embrião ou feto está em processo de formação; um exemplo são as deformações que ocorrem ao nível do revestimento dos pulmões. Conseqüentemente, muitos cientistas contra-argumentam que dos poucos clones que nascem, quase a totalidade tem alguma má formação. Outro problema é a perda de variabilidade genética obtida por esse novo método de reprodução, uma vez que são clones.
  Além disso, é questionado de que forma e para qual fim essa tecnologia será manipulada, já que “ferramentas” em mãos erradas ao invés de nos proporcionar benefícios, pode se tornar extremamente prejudicais a humanidade. Muitos estudiosos criam hipóteses, muitas vezes, para nós, absurdas, da utilização desse processo por maníacos, ou por empresas que tenham apenas o intuito de lucrar com essa nova tecnologia e não com o interesse de beneficiar a espécie humana como um todo. Portanto, a dificuldade no processo de clonagem humana, além de tecnológica, é, também, ética e religiosa.


Ana Luiza.

Células- tronco ... uma breve explicação

   Embora este blog, tenha suas informações direcionadas à clonagem, deve-se ressaltar duas palavras que estão presentes na maioria dos textos relacionados à genética e à clonagem: células-tronco. O texto a seguir, mostrará algumas informações principais sobre as células-tronco, com o intuito de que haja maior entendimento de todos os textos contidos no blog.
   Células -tronco  são aquelas capazes de produzirem uma cópia idêntica da original, com o potencial de diferenciação em vários tecidos.
Podem ser divididas em dois grupos: embrionárias e adultas.


    São classificadas em :
Totipotentes:  são capazes de diferenciarem-se em todos os tecidos que formam o corpo humano, incluindo a placenta e anexos embrionários;

Multipotentes ou pluripotentes: capazes de diferenciarem-se em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários;

Unipotentes: se diferenciam em um único tecido;

Oligotentes: se diferenciam em poucos tecidos.

   As células-tronco embrionárias pertencem ao grupo das totipotentes, e por tanto, são capazes de se diferenciarem em todos os tipos de tecidos existentes no corpo humano. Já as células adultas são pertencentes ao grupo das pluripotentes, possuem capacidade de diferenciação reduzida e relação às células supracitadas. As células-tronco são obtidas por clonagem terapêutica, ou coletadas do próprio corpo humano (pelo sangue do cordão umbilical, pela medula óssea).

  Mais informações nos links a seguir:


By: Mariana Marques =]

Confiram um vídeo sobre clonagem terapêutica !!



 Espero que gostem =]
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=h9mB81eYzhg&feature=related

by: Mariana Marques

Clonagem Terapêutica

    A clonagem terapêutica não se difere demasiadamente em relação à clonagem reprodutiva. A principal diferença entre as duas está na finalidade de seus procedimentos.
    Na clonagem reprodutiva  o objetivo principal é produzir um indivíduo idêntico àquele que doou sua célula somática.
   O processo de clonagem reprodutiva  baseado na  transferência nuclear pode ser esquematizado da seguinte maneira:
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_PxQiKK6wIoL7x9QSWf7GT3wKIKwv-32vyVDHkOt6UErvS-vwIL6TIZx-XVh7YSe6ZbdnHYAG1eit818gM1y4sDl_rJ1XwHhJgFXdBEsfOmGbzxmzwlQolGs0Ighj1g74M-zDX3bBTI/s400/clonagem_dolly.gif

    Como pode-se observar, uma determinada  ovelha doa um óvulo –do qual é retirado os cromossomos-, e uma outra doa uma célula somática,  que será fundida com o óvulo por eletricidade. Assim, as células implantadas começam a sofrer divisões e transformam-se num embrião que é implantado no animal doador do óvulo. Assim, o animal gerado será geneticamente idêntico àquele que no processo, doou sua célula somática.
     Embora o procedimento seja de fácil entendimento, realizar uma clonagem requer muitas tentativas, pois  após o implante da célula dentro do óvulo, este deve ser recolocado no útero do animal doador. A maioria dos animais hospedeiros aborta os embriões implantados, fazendo com que cientistas necessitem de um grande número de implantes para que se prossiga ao menos uma gestação normal.Vale ressaltar que  existem outros problemas, que podem ser vistos em outros textos presentes nesse blog.

    Tendo um conhecimento generalizado do que ocorre na clonagem reprodutiva, pode-se introduzir à técnica de clonagem terapêutica e seus objetivos.
    Nesse tipo de clonagem, a cópia de células humanas é utilizada para fins terapêuticos, e foi realizada com êxito pela primeira vez  pela empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology, no estado de Massachusetts, EUA, em 2001.
    Ao contrário da clonagem reprodutiva, o óvulo fecundado com a célula do doador não retorna ao útero do hospedeiro. Ele é utilizado para produção de células – tronco embrionárias, em meio in vitro, com o intuito de gerar tecido ou órgão para transplante. Com isso, é possível utilizar esses tecidos ou órgãos saudáveis para curar doentes. Por exemplo, se um paciente tem problemas cardíacos, é retirado dele, células sadias que vão ser introduzidas num óvulo por meio de uma descarga elétrica. Do embrião cultivado por cerca de 7 dias extrai-se as células-tronco que passam por um processo de diferenciação e transformam-se nesse caso,em células cardíacas, as quais serão implantadas no paciente.
    Vale lembrar que as células-tronco adultas não são capazes de se transformarem em qualquer tecido, isso é feito somente por células - tronco embrionárias.
No seguinte esquema, é possível observar os principais passos para realização da clonagem terapêutica:

    

      Pontos negativos e polêmicas relacionadas à técnica:


       A notícia de que foi possível realizar a clonagem terapêutica com sucesso tão precocemente, mostrou o quanto a sociedade ainda não está preparada para lidar com a clonagem. Mesmo que  o diretor da empresa Advanced Cell Technology, Dr. Michael West, tenha garantido “ que o objetivo de suas análises são exclusivamente para fins terapêuticos e não de reprodução, isto é, a geração de clones humanos, a reação da sociedade foi de reprovação.” Livro: Biotecnologia simplificada, pag: 117.cap:6.
A técnica de clonagem terapêutica é uma ótima solução para pessoas que sofrem de problemas os quais podem ser resolvidos pela introdução de células novas para reparar a função de  um determinado órgão ou tecido. Porém, essa possui grandes limitações:
  •      Essa técnica não seria adequada aos pacientes que possuem doenças de causa genética, pois, o gene que gera tal anomalia estaria presente em suas células- tronco da mesma maneira;
  •     Se caso fosse necessário a utilização de células de outro indivíduo, deve-se levar em conta a questão da compatibilidade e índices de rejeição que o paciente pode sofrer;
  •      É  uma técnica muito cara;


   Além dessas e de outras questões polêmicas relacionadas à clonagem terapêutica, ainda há um fato que perturba muitas pessoas:
   No processo de extração de células-tronco embrionárias, há a interrupção do desenvolvimento do embrião; são coletadas as células necessárias e o restante é descartado. Os cientistas ao fazerem isso, estariam tirando uma vida? Isso é um ato ilícito?Para muitos, o embrião não passa de um amontoado de células, para outros ele já é considerado uma vida pois a fecundação já marca o início da existência de um ser. Quem está com a razão nesse julgamento?
   De acordo com a Lei de Biossegurança, aprovada em 1995, a clonagem de embriões humanos, seja ela, para fins reprodutivos ou terapêuticos é proibida no Brasil.




By: Mariana Marques F. de Souza =]

Referências:

BORÉM, Aluízio. Biotecnologia simplificada. 2°Edição.

Clonagem: A solução para a medicina?

No dia 25 de novembro de 2001, a empresa norte-americana Advanced Cell Tecnology Inc.(ACT) anunciou que havia concluído a primeira clonagem de um embrião humano. Este foi produzido a partir de células da pele de um paciente. Se implantado em uma mulher o embrião poderia dar origem a um ser humano.


O objetivo desta clonagem não foi à reprodução e sim a obtenção de células-tronco com fins terapêuticos.
Esta técnica utilizada pela empresa, possui a vantagem de não oferecer risco de rejeição ao paciente, já que as informações genéticas da nova célula gerada e a do paciente são as mesmas.

Mas afinal o que são células tronco?
São células capazes de se transformar em diferentes tipos de células.
As células-tronco podem ser:
• Embrionárias (formadas no interior do embrião nos primeiros cinco dias após a fertilização do óvulo)
• Adultas (encontradas em tecidos maduros, tanto no corpo de crianças quanto de adultos).

As células-tronco embrionárias são as mais promissoras, já que se transformam em praticamente qualquer célula do corpo.


As pesquisas sobre o fato traz esperança a portadores de várias doenças, como: doenças neurológicas, diabetes, problemas cardíacos, derrames, lesões da coluna cervical e doenças sangüíneas.


Este é um tema muito polêmico e por isso têm sido discussão no meio político e religioso.
Se você se interessa pelo assunto e gostaria de saber mais a respeito da clonagem terapêutica e reprodutiva, além da opinião de algumas religiões visite:

Clonagem reprodutiva e terapêutica – http://www.mct.gov.br/ *site do ministério da ciência e tecnologia (MUITO INTERESSANTE :))

Clonagem terapêutica – www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone03.htm

Visões religiosas sobre clonagem – www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone15.htm

Visão dos judeus sobre a clonagem – www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/transplante/home.html

Visão dos católicos sobre a clonagem - http://pt.shvoong.com/humanities/religion-studies/1804117-clonagem-humana-vis%C3%A3o-religiosa/

Visão dos batistas sobre a clonagem - www.espada.eti.br/n1518.asp

Visão dos espíritas sobre a clonagem –www.adeportugal.org/news1/news/news_item.asp?NewsID=54

Análise da clonagem sob o ponto de vista ético – http://www.scribd.com/doc/7166510/Uma-Abordagem-eticoTeologica-Sobre-a-Clonagem-Humana

Se algum link estiver quebrado, é só mandar um post.

Quer ver o quanto vc aprendeu do assunto?

Faça um teste on-line!

http://www.proprofs.com/quiz-school/quizshowall.php?title=clulastronco

Espero que gostem,

Cristhiana Perdigão

Fontes: http://www.blogger.com/goog_1062952586


http://www.blogger.com/goog_1062952586


www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone03.htm

Entendendo como Dolly foi feita.




Antes de entender o processo de clonagem, deve-se saber que o mesmo é fundamentado em dois aspectos:
ü  Todas as células do organismo apresentam o genoma completo da espécie;
ü  Existência de células totipotentes, isto é, que apresentam capacidade de se diferenciarem em todas as demais células do indivíduo e podem, portanto, reconstruir o indivíduo completo.
    Tendo isso em mente, vamos entender o motivo pelo qual Ian Wilmut mudou nossa visão sobre clonagem e quebrou a idéia de que tal processo era possível, apenas, através de gametas. Wilmut, na verdade, quebrou dois tabus: Primeiro, eliminou, de seu clone, a necessidade do encontro de um espermatozóide com um óvulo -- até aqui indispensável para formar o embrião. Wilmut produziu sua criatura usando um óvulo virgem, que nunca havia sido fecundado. Para isso, retirou desse óvulo o seu núcleo original e pôs no lugar os genes de uma célula comum de outra ovelha. A “clonada” foi a dona da glândula mamária, da outra ovelha, a responsável pelo óvulo, nem uma lãzinha foi clonada.
  O segundo tabu quebrado, é mais inacreditável ainda: o cientista escocês fez um embrião com os genes de uma célula comum, ou melhor, especializada. Essa célula especializada veio de uma glândula mamária, uma simples teta. Sua única função, em sua humilde existência, era ser uma mama, nada mais. Por isso, especializada. As células do cabelo são especializadas em ser cabelo, as do fígado, em ser fígado, as da unha, unha e por aí vai. Agora, na Escócia, a carga genética de uma célula corriqueira gerou um inacreditável embrião. Dali nasceria uma ovelha geneticamente idêntica à dona da mama. "Esse resultado mostra como é fascinante o desenvolvimento atual na área da Genética e da reprodução", disse à SUPER o médico Roger Abdel Massi, especialista em reprodução humana. Sim, um verdadeiro milagre, mas científico.




  Um fato muito engraçado é o motivo pelo qual Dolly, a segunda ovelha favorita, depois do Sheep, é claro, chama Dolly. O humor de Ian foi muito interessante. Nossa ovelhinha teve esse nome inspirado pela cantora americana Dolly Parton. A jogada veio, justamente, por Dolly ser proveniente de uma célula mamária, algo que, sem dúvidas, a cantora tem para dar e vender.
  Tetas a parte, ops, curiosidades a parte, é interessante ressaltar o quão impactante Dolly foi para a comunidade científica. Afinal, aquilo que era uma lei da biologia foi, simplesmente, dita como mentira.


A reviravolta, mama também pode ser embrião.



  “Ian Wilmut simplesmente aposentou aquilo que era uma lei sagrada da Biologia, segundo a qual uma célula especializada (de ovelha e da maioria das espécies conhecidas) jamais poderia gerar um novo ser. Com algumas poucas espécies, como a estrela-do-mar e as bananeiras, não é assim. Se alguém corta um pedaço do tronco de uma bananeira e o joga no canteiro, outra vai brotar espontaneamente. Ou seja, a célula especializada do tronco vira embrião e inaugura outra bananeira, idêntica à primeira. Para esses seres a clonagem é rotineira. Mas para a maioria das espécies não há clonagem natural. Apenas os óvulos e os espermatozóides participam da reprodução. Resumo: sem sexo, elas jamais poderiam se reproduzir.
  A evolução passa pelo sexo há cerca de 500 milhões de anos. E ela fica melhor assim. Havendo espermatozóides e óvulos trocando cargas genéticas, as possiblidades de nascerem indivíduos diferentes é maior, pois os genes do pai se misturam aos da mãe num organismo novo. O que é bom: mais indivíduos diferentes significa mais chance de evolução. Se todos fossem como as bananeiras, os filhotes seriam sempre idênticos aos pais, geração após geração, e a evolução seria muito lenta, causada só por uma ou outra mutação dos genes.
  Nas espécies que se reproduzem por óvulos e espermatozóides, que são a maioria, a natureza criou uma sábia proibição: nenhuma outra célula do corpo está autorizada a participar da reprodução. Só as células sexuais cuidam disso.
  Foi aí que Wilmut anunciou um revertério assustador, derrubando a velha lei. Ele conseguiu desprogramar uma célula especializada e fazer com que seu núcleo, levado para dentro de um óvulo, virasse um embrião. "Com isso, ganhamos uma capacidade reprodutiva que é típica das plantas", explica o professor Otto Crócomo, da USP, um dos maiores especialistas em clones de vegetais no Brasil. Como é uma máquina complexa, o organismo só funciona direito se cada parte tiver função bem definida e se todas as partes estiverem bem coordenadas. É por isso que as células se especializam durante a gestação. Umas virarão olho, outras fígado etc. Mas, mesmo especializadas, todas as células têm os mesmos genes. Logo, o que Wilmut precisava fazer, era apagar as instruções inscritas nos genes da célula tirada da ovelha adulta, a que seria a mãe de Dolly. Essa célula só sabia ser mama, mas o escocês deu a ela a ordem de ser embrião.”

O que eu vou ser quando crescer?



   Para entender como ocorreu a criação de um embrião sem a junção de gametas, deve-se entender como ocorre a especialização celular.



  Quando um embrião, a célula ainda não sabe qual função terá, ela ainda não sabe o que será quando crescer. Dessa maneira, o DNA, dentro do núcleo, tem carta branca para assumir qualquer função. Vale ressaltar que tal diferenciação não ocorre de qualquer maneira.
    Com o crescimento do emaranhado de células, vulgo embrião, as células começam a desligar os genes que não serão necessários em suas funções, afinal, ela já sabe o que será quando crescer.

Célula de ovelha, pegadinha do malandro!



  “Para realizar o sonho impossível de fazer de sua célula especializada um embrião, Ian Wilmut apostou num palpite sensacional: a fome. É um palpite que ainda não está inteiramente comprovado mas, ao menos em teoria, é fabuloso. Vamos a ele. Primeiro, submeteu a célula a uma dieta de sais comuns, como cloreto de cálcio e sulfato de magnésio, o equivalente a um chá com torradas. Com isso, o núcleo teve que reduzir suas atividades a quase zero, entrando num estado letárgico que os embriologistas chamam de quiescente. Nesse estado, a célula interrompe o seu ciclo de crescimento normal.
  O truque fez essa quiescência acontecer quando a célula ainda era bem jovem. Essa é a fase G-Zero, muito breve. É o único instante em que os genes, dentro do núcleo, descansam e param de distribuir as ordens de crescimento e multiplicação para a célula. Nessa fase, as operações ficam a cargo de proteínas especiais do citoplasma. A função dessas proteínas é justamente entrar no núcleo e preparar os genes para o início de um novo ciclo de crescimento e reprodução.
  Nesse instante preciso, transferindo esse núcleo para um óvulo cujo núcleo havia sido retirado, o cientista deu início a um grande logro. Sem essa tapeação, a experiência iria fracassar. Lembre-se de que óvulos e espermatozóides só têm metade do material genético de uma célula normal. Eles só formam um embrião quando se fundem, somando suas duas metades. Assim formam o embrião. Pois ao receber um núcleo novo, que contém o material genético completo, o citoplasma daquele óvulo vai cair numa ilusão biológica (imagine, só para entender o truque, que os óvulos caiam em ilusões). Então, o citoplasma vai atuar como se o núcleo já fosse um embrião. Suas proteínas, entram lá dentro e reprogramam os genes totalmente, disparando o início do crescimento e da multiplicação celular. Ou seja, o genes também serão cúmplices da ilusão. Em vez de autorizar um crescimento de novas células de mama, o que seria natural, assumem sem problema o papel de embrião. E tem início uma multiplicação celular para formar uma ovelha novinha.
  "As proteínas do citoplasma realmente podem ter reprogramado os genes", confirmou à SUPER o embriologista Colin Stewart, do Centro Frederick de Desenvolvimento e Pesquisa do Câncer. Claro que a experiência ainda requer comprovações. Mas, desde já, o embriologista escocês abriu novas portas para a Biologia.”

Esquematizando
  Bem, sintetizando o que Wilmut fez, o esqueminha abaixo.
Ø  Inicia-se com uma célula mamária comum;

Ø  Interrompe-se seu ciclo reprodutivo;

Ø  A célula começa o ciclo bem jovem. Apesar de ser um bom momento para clonar, todas as tentativas até hoje deram errado.

Ø  Na segunda fase do ciclo, a célula fica pronta para dividir-se em duas. As clonagens a partir daqui também não funcionaram.

Ø  Terceira fase. A divisão já vai acontecer e dar origem a outra célula mamária. As chances de clonagem são mínimas

Ø  A célula jovem recebeu uma dieta bem magra de sais, que são o que ela come.

Ø O seu núcleo (azul) foi acomodado dentro de um óvulo retirado de outra ovelha.






  Observação: O escrito em vermelho é uma explicação do processo de duplicação da célula. As imagens estão na mesma ordem dos tópicos.

 Conclusão


 Então, a fome foi a chave do sucesso, afinal, ela fez o núcleo da célula interromper o seu ciclo e ficar num estado letárgico. E aí, ao ser colocado no óvulo, deixou de lado as instruções para produzir outra célula de mama. Em vez disso, passou a agir como um embrião e gerou uma nova ovelha, a Dolly.
Esse meu texto foi baseado no site abaixo, sendo quase uma adaptação.

Abraços,

Felipe Sabec







Clonagem de Humanos




Quando se anunciou a clonagem da ovelha Dolly, uma pergunta com certeza passou pela cabeça da maioria das pessoas: será que humanos também poderiam ser clonados? A resposta para essa pergunta é sim e por um processo que em sua essência é igual àquele feito para clonar a ovelha. O problema é a eficiência do método (poucas pessoas sabem, mas Dolly foi a tentativa de número 277) e o porque de realizá-lo, os inúmeros questionamentos sobre o sentido da clonagem e suas implicações.
O processo ocorre da seguinte forma. Uma mulher doa um óvulo seu e dele é removido o núcleo. Remove-se uma célula da pessoa a ser clonada e por meio de estímulos elétricos se funde as duas células. Quando essa nova célula começar a se dividir se tem o embrião com o material genético idêntico ao do paciente. Esse embrião é implantado no útero de uma mulher, a “mãe de aluguel” que supostamente passa por uma gestação normal até o dia do nascimento da criança. Esse processo aparentemente simples, é na verdade muito pouco eficiente. 98 em 100 tentativas de clonagem falham e as chances de que o clone terá uma vida saudável e duradoura também são muito reduzidas. Ou o embrião não se adapta ao útero, morrendo antes ou durante o período da gestação, ou falece pouco tempo após seu nascimento.
O sentido da clonagem é, junto com sua ainda limitação técnica, um fator decisivo em seus poucos avanços. O porque de clonar varia em duas categorias principais, a clonagem reprodutiva e a terapêutica, ambas muito interessantes, mas que trazem em si diversas polêmicas.
A clonagem reprodutiva consiste na tentativa de se gerar um indivíduo saudável e exatamente igual ao seu “originário”. Esse método tem despertado a atenção de empresas que pretendem atender pessoas  que se interessam pela prática, como casais inférteis. Outra aplicação interessante é fazer um clone de alguém falecido que teve algumas células de seu corpo preservadas. Um caso curioso foi a primeira clonagem comercial de um gato falecido que ocorreu em 2004. O serviço custou à sua dona $50,000. O animal nasceu saudável, mas a prática despertou indignação de muitas pessoas.  A empresa que realizou o serviço fechou em 2006.
A polêmica por trás da clonagem reprodutiva é muito grande. Não se trata apenas de um desvio natural do curso da vida, mas traz no próprio processo vários riscos. A pouca eficiência do método faz com que 98 em 100 tentativas falhem, isso faz com que se faça eutanásia com vários animais que nasceram com problemas. A realização da eutanásia em um clone humano, não é tão simples assim e tem que ser amplamente discutida. Além do mais a prática traz mais os interesses de poucas pessoas que se dispõem a correr os riscos de passar pelo processo e ter sua vontade de ter um clone satisfeita do que interesses coletivos. Esses fatores contrários á clonagem com essa finalidade tem feito que a maior parte da comunidade internacional a desaprove, o que é manifestado em leis que a proíbem. Nos Estados Unidos, por exemplo, nenhuma verbal do governo será destinada á pesquisas sobre o tema e qualquer instituto que quiser trabalha-lo precisará primeiramente da autorização do governo.
Outra utilização da clonagem se diz respeito á utilização para fins terapêuticos, ou mais especificamente, na geração de embriões para a utilização de suas células troncos. Essas são as células do embrião que ainda não se diferenciaram, ou seja, ainda não ganharam uma função específica no corpo da pessoa e podem ser induzidas a se diferenciar para comporem tecidos de interesse do paciente, como aqueles danificados por alguma doença. O papel da clonagem seria então a produção de embriões do próprio paciente para que se possa retirar suas células troncos. Isso traria uma grande vantagem já que por o material genético presente naquelas células pertencerem ao próprio indivíduo, há uma redução na chance de seu sistema imunológico rejeitar essas novas células. O processo ocorreria inserindo o núcleo de uma célula do indivíduo em um óvulo e induzir sua divisão, mas embrião criado não seria implantado no útero de uma mulher.
A polêmica por trás da clonagem terapêutica não é o processo em si, mas a suposta violação do direito á vida do embrião que tem suas células retiradas. Por mais que muitas vezes o embrião possua apenas poucas células líderes religiosos afirmam que já possuem vida e necessitam ter esse direito assegurado. A pergunta que fundamenta fervorosos debates a respeito do tema é “Quando a vida começa?”. Sem dúvida essa questão é uma das maiores discordâncias entre ciência e religião. Contudo, mesmo que todos os dilemas éticos e religiosos acabassem, a cura de doenças a partir da utilização de células trocos ainda está muito distante. Um dos principais problemas atualmente encontrados pelos cientistas é como induzir as células a se diferenciarem para a função que eles desejam e como assegurar que essas células realmente desempenhem sua função correta no corpo.
Pode-se concluir que a clonagem de seres humanos é um processo que ainda esbarra em problemas técnicos e principalmente problemas éticos. Sua utilização pode ser para fins reprodutivos o que desagrada a maioria das pessoas e está sendo amplamente combatida na maioria dos países, mas também pode ocorrer para fins terapêuticos o que esbarra em dilemas quanto à utilização de células troncos de embriões.

Referências:
http://science.howstuffworks.com/environmental/life/genetic/human-cloning.htm
http://science.howstuffworks.com/environmental/life/cellular-microscopic/stem-cell.htm
http://science.howstuffworks.com/environmental/life/genetic/cloning.htm
http://www.globalchange.com/Cloning/

Lucas Rocha Rodrigues
Abraço a todos.

Pincelada sobre clonagem



  Antes de adentrar em explicações mais profundas a cerca de clonagem, acho que devemos começar pelo mais básico. Ao falar em clonagem, o que vem em sua cabeça? Não venha me dizer que você pensou na novela “O clone”!
  Tentar definir uma palavra é uma tarefa muito difícil, então, com toda minha humildade, resolvi recorrer ao pai dos burros. Segundo o dicionário Piberam da Língua Portuguesa, clonagem é a obtenção, por via cultural, de numerosas células vivas idênticas a partir de uma célula única.
  Bem, analisando o que está escrito no dicionário, o que você concluiu que seja clonagem? Sua conclusão imediata, talvez, tenha sido a de que clonagem é processo no qual, a partir de uma célula, obtêm-se várias outras celular idênticas. Bem, de maneira bem sintética, acredito, que podemos definir tal processo dessa maneira. Todavia, a meiose de conhecimento já começou, então, por que não definir a clonagem de maneira mais detalhada? Então, chega de depressão e vamos entender o que é clonagem, sem, ainda, saber como funciona o processo em si, sendo, esse post, apenas, uma leve pincelada introdutória ao processo.
  Clonagem é uma reprodução assexuada, ou seja, uma multiplicação de células que não envolve encontro de gametas. Seu objetivo, obviamente, é a obtenção de um organismo com características físicas e biológicas às de outro ser vivo.
  Um estereótipo que deve ser quebrado é  aquele que dita que a clonagem só acontece em laboratório, sendo assim, um processo artificial. No entanto, a mesma pode ocorrer, também, de maneira natural. Exemplos comuns são vegetais e em alguns protozoários e fungos.
  A clonagem artificial é feita a partir da junção do núcleo de uma célula somática, nome dado a toda célula que não seja um gameta, retirada do indivíduo que se deseja clonar, com um óvulo não fecundado e sem núcleo. Outro processo seria a separação de células embrionárias, em estágio inicial, antes do processo de diferenciação das mesmas. Já nos vegetais, a duplicação induzida, pode acontecer, com a aplicação de brotos, de plantas selecionadas, em caules de outros vegetais.



  Ao contrário do que muitos pensam, a primeira clonagem, não foi a da ovelha Dolly, mas sim a clonagem de uma rã, em 1952, obtida através de células de girinos. Dolly, só foi criada em 1997, por Ian Wilmut, no Instituto Roslin da Escócia. Ao contrário da rã, Dolly foi obtida através de uma célula adulta. Cinco mesese após o nascimento da nossa ovelha favorita, depois de Sheep na cidade grande, é claro, Ditto e Neti vieram ao mundo. Ambos eram macacos clonados de células fetais pelo Centro de Pesquisas de Primatas de Oregon, nos EUA. Em 1998, os bezerros George e Charles nasceram, clonados por Rohl e Steven Stice, de células fetais contendo um gene humano. Já em 1999, uma nova técnica de clonagem é testada, a produção artificial de gêmeos, nascendo assim, em setembro do ano citado, Tetra, única macaca sobrevivente de uma gestação de quatro clones de macacos.




Pronto, acho que agora uma clareada foi dada quanto ao que é clonagem. Qualquer dúvida, só comentar perguntando! Sobre o processo de clonagem, falarei sobre ele na minha próxima postagem. Enfim, chega de depressão, venha aprender sobre clonagem visitando esse blog e dando F5 a todo instante esperando um texto fantástico referente a esse tema fantástico!

Abraços,

Felipe Sabec

Vídeo Explicativo

Oi galera!
Achei um vídeo super intressante,
que explica tudo direitinho a respeito
da clonagem e mostra as etapas
que se seguiram deste o seu surgimento.
http://www.youtube.com/watch?v=8zt61pE7TPc&feature=fvw

Cristhiana Perdigão

domingo, 29 de agosto de 2010

INTÉRFASE



  Bem, é com grande honra que faço a primeira postagem deste blog que promete ser um dos melhores no quesito informação sobre clonagem gênica. Antes de mais nada, acho que devo apresentar quem são os grandes intelectuais (não tão grandes, mas um dia seremos) responsáveis por essa tão nobre página, feita por pura vontade própria (ou devido ao trabalho de biologia). São eles:
  • Ana Luiza Almeida;
  • Cristhiana Perdigão;
  • Felipe Sabec;
  • Lucas Rocha;
  • Mariana Marques;
  • Marina Machado.
   Escolhi chamar esse post de intérfase por esse ser o nome dado ao primeiro processo de divisão da célula, aquele que antecede a meiose. Afinal, a filosofia, ou analogia, que adotamos para essa página é, justamente, a multiplicação de conhecimentos, crescimento intelectual ou, quem sabe, pessoal.
  Enfim, mesmo sabendo que esse blog não será muito visitado, não custa ter esperanças e torcer, para que todos os dias, milhões de pessoas acessem essa página. Independentemente desse desejo se concretizar, você, que está lendo, deixe seu mais sincero comentário, afinal, é bom saber que não estamos falando sozinhos.
  E assim começa a história do Клонирование генов, um blog com nome russo que nasce, como um broto verde vivo, em meio a um cinza de blogs depressivos. Chega de depressão, venha aprender sobre clonagem!

 Grande abraço,

  Felipe Sabec