A clonagem não é novidade na agricultura
O objetivo principal da clonagem na agricultura é multiplicar plantas que já foram alteradas através da seleção genética (alimentos transgênicos) e, portanto são mais resistentes a pragas ou doenças e possuem frutos melhores.
A clonagem á é bastante utilizada na agricultura. Isto é feito por estacas, corta-se uma planta, abate o caule dela em várias partes e torna a cultivar. Cada uma dessas novas plantas é uma cópia idêntica à original. A vantagem dessa tecnologia é que se obtém igualdade, ou seja, as plantas possuem as mesmas características.
Mesmo que os locais de cultivo sejam diferentes, quando as plantas possuem a mesma constituição genética é mais fácil manter o controle da produção e da qualidade algo extremamente importante para cultivos com fins comerciais.
A clonagem tem sido usada tradicional também na produção de laranja, de uva, de morango, de figo, de goiaba, pêssego, manga, abacate e outras árvores frutíferas.
A laranja...
Desde que virou cultura em larga escala comercial, a laranja é fabricada por clonagem. No caso da laranja, usa-se a enxertia, que consiste na retirada de uma gema, introduzida no caule de uma planta adulta e com maior resistência às condições do solo. Assim consegue-se a produção mais rápida e idêntica de frutos. Se produzida via semente, a laranjeira leva aproximadamente seis anos para começar a dar frutos e é mais susceptível a doenças vindas do solo do que o limão. A enxertia é feita com plantas da mesma espécie. Com isso garante-se frutos de melhor qualidade. No caso da manga, por exemplo, para produção de frutos de qualidade superior, usa-se como base a espécie coquinho que é mais resistente.
A clonagem moderna
Surgiu na década de 70 através da produção de células. Nela retiram-se células de uma planta e as transforma em uma nova planta.
No laboratório, as células são multiplicadas em meios de cultura. Coloca-se um pedaço da folha em um meio de cultura, que forma um calo, a partir do qual forma-se um embrião, que depois é transferido para saquinhos, já com terra. Ali o embrião se transforma em muda para ser plantada já no terreno onde a planta será cultivada. Uma folhinha produz muitos calos e muitos embriões.
Sequência de desenvolvimento de clone de uma planta de café.
Essa técnica é extremamente importante para produzir árvores como eucalipto ou outras plantas para reflorestamento.
Também existe uma técnica que gera o embrião sem passar pela fase de calo, através de modificação na indução de alguns genes. Você tem uma célula da folha, que deixa a ser de folha para ser uma célula embrionária. Este processo é induzido com reguladores de crescimento (hormônios) que são sintéticos.
Este processo tem um custo muito elevado e por isso há resistência de alguns produtores para aderir a essas novas técnicas. Também não é possível ter certeza de que obterão bons resultados ao escolherem a técnica. Há também a questão da tradição de plantio e em algumas situações, o aumento da produção não é tão desejável, havendo o risco de o preço do produto ficar tão baixo que inviabilizaria a atividade.
O Brasil está bastante adiantado nas pesquisas em clonagem vegetal. Em conhecimento e desenvolvimento, não está atrás dos países desenvolvidos, mas sim em demanda da tecnologia por parte dos agricultores.
Fonte
http://www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone10.htm
Cristhiana Perdigão