terça-feira, 7 de setembro de 2010

A clonagem e a agricultura



A clonagem não é novidade na agricultura

O objetivo principal da clonagem na agricultura é multiplicar plantas que já foram alteradas através da seleção genética (alimentos transgênicos) e, portanto são mais resistentes a pragas ou doenças e possuem frutos melhores.
A clonagem á é bastante utilizada na agricultura. Isto é feito por estacas, corta-se uma planta, abate o caule dela em várias partes e torna a cultivar. Cada uma dessas novas plantas é uma cópia idêntica à original. A vantagem dessa tecnologia é que se obtém igualdade, ou seja, as plantas possuem as mesmas características.
Mesmo que os locais de cultivo sejam diferentes, quando as plantas possuem a mesma constituição genética é mais fácil manter o controle da produção e da qualidade algo extremamente importante para cultivos com fins comerciais.
A clonagem tem sido usada tradicional também na produção de laranja, de uva, de morango, de figo, de goiaba, pêssego, manga, abacate e outras árvores frutíferas.



A laranja...

Desde que virou cultura em larga escala comercial, a laranja é fabricada por clonagem. No caso da laranja, usa-se a enxertia, que consiste na retirada de uma gema, introduzida no caule de uma planta adulta e com maior resistência às condições do solo. Assim consegue-se a produção mais rápida e idêntica de frutos. Se produzida via semente, a laranjeira leva aproximadamente seis anos para começar a dar frutos e é mais susceptível a doenças vindas do solo do que o limão. A enxertia é feita com plantas da mesma espécie. Com isso garante-se frutos de melhor qualidade. No caso da manga, por exemplo, para  produção de frutos de qualidade superior, usa-se como base a espécie coquinho que é mais resistente.

A clonagem moderna

Surgiu na década de 70 através da produção de células. Nela retiram-se células de uma planta e as transforma em uma nova planta.
No laboratório, as células são multiplicadas em meios de cultura. Coloca-se um pedaço da folha em um meio de cultura, que forma um calo, a partir do qual forma-se um embrião, que depois é transferido para saquinhos, já com terra. Ali o embrião se transforma em muda para ser plantada já no terreno onde a planta será cultivada. Uma folhinha produz muitos calos e muitos embriões.
                                   Sequência de desenvolvimento de clone de uma planta de café.




Essa técnica é extremamente importante para produzir árvores como eucalipto ou outras plantas para reflorestamento.
Também existe uma técnica que gera o embrião sem passar pela fase de calo, através de modificação na indução de alguns genes. Você tem uma célula da folha, que deixa a ser de folha para ser uma célula embrionária. Este processo é induzido com reguladores de crescimento (hormônios) que são sintéticos.
Este processo tem um custo muito elevado e por isso há resistência de alguns produtores para aderir a essas novas técnicas. Também não é possível ter  certeza de que obterão bons resultados ao escolherem a técnica. Há também a questão da tradição de plantio e em algumas situações, o aumento da produção não é tão desejável, havendo o risco de o preço do produto ficar tão baixo que inviabilizaria a atividade.

O Brasil está bastante adiantado nas pesquisas em clonagem vegetal. Em conhecimento e desenvolvimento, não está atrás dos países desenvolvidos, mas sim em demanda da tecnologia por parte dos agricultores.

Fonte

http://www.comciencia.br/reportagens/clonagem/clone10.htm



Cristhiana Perdigão

Clonagem: uma questão ética

   A clonagem, principalmente humana, não relaciona-se apenas com as Ciências Biológicas. Está também, intrinsecamente ligada a questões morais visto que pode ser utilizada para diversos aspectos, tais como: o estudo embriológico e das capacidades humanas; no uso terapêutico, casos de obtenção de tecidos e órgãos para transplantes, além de desenvolvimento genético para o tratamento de algumas doenças; na reprodução humana, casos de casais estéreis e até mesmo facilitar as chances de gravidez em caso de fecundação in vitro.
   Porém, em alguns deste casos haveria a utilização e descarte de embriões, levantando então a polêmica do valor moral de um embrião. Este já pode ser considerado uma pessoa ou é mais semelhante as demais células do nosso corpo? Quando embriões produzidos dentro do próprio corpo são perdidos não há uma preocupação muito relevante. Por que o mesmo não ocorre com as perdas de embriões fora do corpo? Não seriam ambos embriões?
   E os cientistas? Simplesmente desconsidera-se a liberdade científica e uma possível vontade de ajudar os outros com a biotecnologia? São estes alguns dos inúmeros questionamentos pertinentes.
   Levando-se em considerção o alto custo das pesquisas, pode-se discutir outro aspecto: quais tipos de investimentos são mais importantes, os relacionados a esta biotecnologia ou atender as demandas de uma sociedade na qual milhares de pessoas passam fome? Mesmo que  outros gastos consigam ser cortados para invesir-se em clonagem, tal tecnologia não atenderá a todos. Haveria assim, uma discrimação indireta por parte da comunidade científica.
Pode-se dizer em suma, que contra a clonagem estão as questões vinculadas: ao risco médico envolvido, com futuras anomalias possíveis; a santidade da vida humana; a interferência na variabilidade genética, que pode prejudicar o desenvolvimento e a sobreviência de espécies; a não preservação da identidade genética de cada indivíduo. Como algumas delas (santidade humana e identidade genética) são muito mais ligadas  a ideologias e/ou valores pessoais que variam de região a região, de povo a povo, podem nunca ser resolvidas.  Discussões infindáveis podem ocorrer, nas quais nenhuma conclusão concreta pode ser obtida. Os aspectos de variabilidade genética e risco médico podem ser controlados e monitorados, reduzindo sua interferência negativa.
   A seu favor estão o direito a autonomia reprodutiva; a possibilidade de quem não pode ter filhos fazê-lo; a liberdade científica; a possibilidade de amenizar a perda de um filho ao conseguir-se um outro com mesmo genótipo; o desenvolvimento de filhos com habilidades pessoais que sejam o sonho dos pais; ajuda na prevenção de doenças.
   Não temos o objetivo de ficar deste ou daquele lado da polêmica e sim apresentar argumentos consistentes relacionados as duas posições. Talvez a ideia essencial da reprodução, que necessita de um espermatozóide e de um óvulo, possa ser descartada com o passar do tempo e um ser com genótipo igual ao meu ou seu possa ser criado sem dificuldade alguma. A priori, pode-se afirmar, instintivamente, a imoralidade do processo, pois deste ponto de vista ele é, no mínimo, assustador. Contudo, este é um argumento meramente instintivo e não moral.

Por: Marina Machado Marques 

Dificuldades técnicas da clonagem

   A clonagem em mamíferos têm algumas limitações que serão listadas a seguir. Para que o indíviduo progrida, o óvulo no qual foi introduzido o núcleo deve ser reimplantado em uma fêmea. Contudo, há um grande índice de rejeição ao óvulo por parte do organismo da fêmea e ele pode ser abortado. Por tanto, devem ser feitos vários implantes para que pelo menos um tenha sucesso.
   Outra questão é o tamanho do feto clonado, que tende a ser maior do que a espécie normal (não clonada).    Assim, o parto do animal é mais trabalhoso, sendo normalmente umacesariana. A gestação também pode ser mais complicada, gerando mais riscos para a fêmea. Um exemplo é o que ocorre com bovinos, cujos clones têm duas vezes mais o peso de um recém-nascido não clonado.
A maioria dos animais clonados se apresenta com anormalidades. Dos poucos que sobrevivem ao nascer, aproximadamente 50% destes morrem antes de atingir a puberdade.
   Os defeitos congênitos em clones são constantemente observáveis. Muitos deles morrem poucas horas após o parto e os que sobrevivem, têm de conviver com anomalias ligadas principalmente ao coração, fígado e pulmões.
   Uma das explicações relaciona-se com a necessidade de reprogramação –por parte do citoplasma- do núcleo inserido. Durante o processo de fertilização, o citoplasma do óvulo está “programado” para receber o espermatozóide. O mesmo não ocorre para a reprogramação de um núcleo adulto, podendo então se suceder de maneira incompleta ou defeituosa e essa assicronia pode contribuir para defeitos no feto.
   As falhas passíveis de ocorrer podem se manifestar ao longo de toda a vida do ser vivo devido a ativação ou desativação de genes importantes em determinados momentos do desenvolvimento. Tais falhas são denominadas epigenéticas.
   As mudanças epigenéticas podem provir também do desenvolvimento de células em cultura. Um exemplo deste tipo de mudança é a impressão na qual mamíferos em geral herdam duas cópias completas de todos os cromossomos de um genoma. Um subconjunto bem pequeno desses genes pode ser ativado ou desativado, dependendo de quem fora herdado (do pai ou da mãe). Assim, se um indivíduo provir de apenas um deles (pela clonagem) pode ser que esse subconjunto não funcione e o seja impossível o desenvolvimento normal ser. Entretanto, por  uma célula conter um conjunto de cromossomos maternos e outro paternos, pode ser que a impressão se manifeste normalmente.
   É interessante salientar, no caso de Dolly, que ela era praticamente uma cópia perfeita da ovelha que forneceu o núcleo mas que haviam algumas diferenças genéticas provenientes do DNA mitocondrial, uma vez que este se encontra no citoplasma e não no núcleo. Tais diferenças podem se manisfestar principalmente em áreas do corpo que demandam uma maior quantidade de energia como coração e, músculos e cérebro.    Como este tipo de DNA é herdado diretamente das mães pode-se observar a existência de algumas doenças transmitidas de mãe para filhas, devido possíveis mutações no mesmo.
   Deve-se saber que estes são alguns dos problemas enfrentados pela técnica. Podem haver inúmeros outros, que não foram aqui listados ou até mesmo não são conhecidos pelo especialistas. Cabe a estes últimos pesquisar e desenvolver a técnica com cautela, para que nenhum problema que possa ser descoberto seja deixado para trás, prejudicando o seu transcorrer na sociedade.

Por: Marina Machado Marques 

Deus criou o homem a sua imagem e semelhança: poderia a ciência fazer o mesmo?

   A polêmica da clonagem está instaurada desde o momento em que ela foi cogitada. Vista por muitos como uma nova forma de melhorar a raça humana-eugenismo-, foi motivação para ouvirmos afirmações no mínimo questionáveis de grandes cientistas, inclusive aqueles premiados com o Prêmio Nobel. Joshua Lederberg (Prêmio Nobel de Medicina em 1958) via “na clonagem humana, meio eficaz de produzir indivíduos superiores”. O ganhador do Prêmio de Medicina em 1962, Francis Crick, afirmou “nenhum recém-nascido devia ser reconhecido como ser humano antes de ter passado um certo número de testes, relativos à sua dotação genética”.
   Mas seria ela moralmente correta? Com base em que informações afirmar-se-ia isso? Em informações mitológicas ou argumentos científicos? A criação de seres superiores ou “adaptados” seria um desrespeito ao homem e a natureza? É o que pretendemos discutir neste e em outros posts.
   A eficiência da técnica em mamíferos é extremamente questionável. Anomalias podem ocorrer na gestação ou no decorrer da vida do clone. Genes que deveriam ativar-se podem não fazê-lo ou a reprogramação do núcleo introduzido pode se proceder de maneira incompleta ou equivocada pelo citoplasma do óvulo.
   Um avanço das ciências biológicas que relaciona-se com a clonagem é a derivação de células-tronco embrionárias humanas. Estas células, têm a grande vantagem de não serem especializadas (como as demais células do nosso corpo), podendo se transformar e ocupar a função de qualquer célula do corpo. O conceito envolvido é o da clonagem terapêutica, no qual clonar-se-ia o embrião humano de uma célula adulta que estaria unida a um óvulo anucleado. Políticas e leis vêm sendo instituídas por muitos consideram tal ato imoral, no que se refere à obtenção de óvulos e utilização de embriões (desde os que têm ou não um potencial para gerar uma vida).
   Em fevereiro de 2004 ocorreu um acontecimento interessante. Uma equipe de cientistas sul coreana publicou um artigo na revista Science no qual afirmavam ter clonado trinta embriões humanos e derivado células-tronco embrionárias de um deles. O tipo de célula por eles utilizado é conhecido como células cúmulus. Estas são encontradas somente em mulheres que deveriam doar seu núcleo, além do óvulo ocasionando que apenas mulheres fossem clonadas.
   Uma série de questionamentos a respeito da obtenção de tais óvulos foi iniciada, pois para produzi-los em “grande escala” é necessária a utilização de medicamentos que podem causar certos desconfortos. Levando tal fato em consideração, pode-se inferir que as doadoras de óvulos deveriam ser as próprias pesquisadoras da equipe. Contudo, será que elas foram coagidas ou o fizeram por vontade própria? Está levantada a questão.
   Desde a década de 70 na qual vinham sendo desenvolvidas as pesquisas a respeito da fertilização in vitro, um imaginário relacionado ao avanço das ciências biológicas é construído. A idéia projetada por muitos cientistas de que somos apenas a soma de um conjunto de genes esquece que, além de uma identidade genética temos uma identidade pessoal. Além de termos uma herança natural, somos influenciados pelo meio em que vivemos, não sendo possível criar um ser humano totalmente previsível, dentro dos parâmetros que foram planejados, a não ser que ele seja mantido isolado do mundo.
   Não estariam sendo desvalorizadas as características humanas, a sua essência? Não estariam querendo escarnecer o papel de Deus, ferindo um aspecto que acompanha o homem desde os seus primórdios- a religião? Mediante tantas polêmicas- que não serão resolvidas tão cedo-, a ciência avança, concomitantemente com questionamentos relativos à ética e à moral.

Por: Marina Machado Marques 

Empecilho para a clonagem humana.


  A ciência está em constante desenvolvimento ou em busca de inovações, com o intuito de trazer benefícios à espécie humana, maior qualidade de vida, maior expectativa da mesma e, até mesmo, trazer soluções aos problemas enfrentados pela humanidade, sejam esses doenças, preconceitos, criando assim, uma maior comodidade a nós, seres humanos. Porém, não se sabe de todos os riscos e prejuízos que a ciência, inclusive a medicina, pode nos proporcionar quando tenta interferir no “ciclo natural da vida”, sendo exatamente esse o ponto questionado a diversos ramos da ciência. Será que as técnicas utilizadas para obter os resultados esperados não ferem os nossos valores?
  O principal motivo de crítica ao processo de clonagem, além da questão ética, é a alta probabilidade de se obter um clone deformado (quase 100%), sendo que tais deformações, muitas vezes, não são diagnosticadas por meio de exames no útero, enquanto o embrião ou feto está em processo de formação; um exemplo são as deformações que ocorrem ao nível do revestimento dos pulmões. Conseqüentemente, muitos cientistas contra-argumentam que dos poucos clones que nascem, quase a totalidade tem alguma má formação. Outro problema é a perda de variabilidade genética obtida por esse novo método de reprodução, uma vez que são clones.
  Além disso, é questionado de que forma e para qual fim essa tecnologia será manipulada, já que “ferramentas” em mãos erradas ao invés de nos proporcionar benefícios, pode se tornar extremamente prejudicais a humanidade. Muitos estudiosos criam hipóteses, muitas vezes, para nós, absurdas, da utilização desse processo por maníacos, ou por empresas que tenham apenas o intuito de lucrar com essa nova tecnologia e não com o interesse de beneficiar a espécie humana como um todo. Portanto, a dificuldade no processo de clonagem humana, além de tecnológica, é, também, ética e religiosa.


Ana Luiza.

Células- tronco ... uma breve explicação

   Embora este blog, tenha suas informações direcionadas à clonagem, deve-se ressaltar duas palavras que estão presentes na maioria dos textos relacionados à genética e à clonagem: células-tronco. O texto a seguir, mostrará algumas informações principais sobre as células-tronco, com o intuito de que haja maior entendimento de todos os textos contidos no blog.
   Células -tronco  são aquelas capazes de produzirem uma cópia idêntica da original, com o potencial de diferenciação em vários tecidos.
Podem ser divididas em dois grupos: embrionárias e adultas.


    São classificadas em :
Totipotentes:  são capazes de diferenciarem-se em todos os tecidos que formam o corpo humano, incluindo a placenta e anexos embrionários;

Multipotentes ou pluripotentes: capazes de diferenciarem-se em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários;

Unipotentes: se diferenciam em um único tecido;

Oligotentes: se diferenciam em poucos tecidos.

   As células-tronco embrionárias pertencem ao grupo das totipotentes, e por tanto, são capazes de se diferenciarem em todos os tipos de tecidos existentes no corpo humano. Já as células adultas são pertencentes ao grupo das pluripotentes, possuem capacidade de diferenciação reduzida e relação às células supracitadas. As células-tronco são obtidas por clonagem terapêutica, ou coletadas do próprio corpo humano (pelo sangue do cordão umbilical, pela medula óssea).

  Mais informações nos links a seguir:


By: Mariana Marques =]

Confiram um vídeo sobre clonagem terapêutica !!



 Espero que gostem =]
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=h9mB81eYzhg&feature=related

by: Mariana Marques